26.9.09

O prefeito do universo

Não importa o critério que escolhamos para dividir ou entender nossa sociedade, norte e sul, ocidental e oriental, geopolítica, étnica, religiosa, histórica, existe um elemento que impera no modo em que nos organizamos: a representatividade.
Sempre buscamos, elegemos, reconhecemos, descobrimos líderes capazes de representar nossos traços mais intrínsecos, aquilo que nos define. Líderes que sejam capazes de manter nossas conquistas e conquistar nossos novos desejos e pedidos.


É assim que a maioria de nossa sociedade funciona. Nos juntamos para ganhar força e aceitamos/delegamos o poder de/para um representante do grupo.

Síndicos de prédio, líderes de classe no colégio, vereadores, padres, rabinos, lamas, senadores, senhores feudais, gerentes, diretores, governadores, presidentes, generais, juízes, reis, rainhas, papas. Esta lista tende ao infinito.

Agora, existe uma extensão em que o ser humano não consegue achar representatividade, ou em que pelo menos, não houve acordo nos últimos milhares de anos: o âmbito geral.
Esta ausência, este conjunto vazio diz muito sobre nosso comportamento social.
E que ninguém venha me falar que a ONU representa a humanidade, por favor. Este texto trata de um assunto lúdico, mas está longe de ser uma piada.
Não conseguimos estabelecer esta representatividade, porque não nos vemos como iguais, não nos colocamos no todo, não toleramos as diferenças realmente e não estamos nem perto de atingir esse nível de aceitação. E mais, será que queremos? Será que não achamos que isso podaria nossa identidade?

É aí que nasce o conceito do PREFEITO DO UNIVERSO.
Como nossas bobagens e nossos acertos já ultrapassam a fronteira mundial, é melhor pensar em um alguém que suporte um cargo para decisões universais.

E quem muito além de representar a todos, se enxerga como igual a todos?
Quem é a pessoa na história atual da humanidade que teria habilidade para cuidar do geral?
Quem conseguiria tomar as decisões necessárias sem privilégios, sem protecionismos e com coragem de agradar ou desagradar, sem dar atenção para esta bobagem de aprovação?
Quem seria capaz de não ficar calculando as diferenças entre o bem da maioria ou os direitos de todas as minorias? Dane-se a maioria e as minorias. Quem seria capaz de enxergar o que precisa ser feito e fazer?
Quem teria a sabedoria para evitar o desastre, se fosse possível; ou provocaria o cataclismo de uma vez, se fosse necessário?

Quem é o nosso representante definitivo? Quem seguraria este pepino?
Quem é o candidato ideal para ser o PREFEITO DO UNIVERSO?

1 comment:

mu said...

Eu seria um bom Prefeito do Universo. Pena que ninguém me conhece.