3.5.10

Ganso nas alturas!

Pois é, ontem o Santos acabou com possibidade de um Sarriá paulista. Foi campeão, jogando contra o grande Santo André, o maior time do Grande ABC.
Falou-se muito do título da molecada, mas falou-se mais da atitude do Paulo Henrique Ganso. Quando levantaram a placa apontando seu número para ser substítuido, Ganso simplesmente disse (leia-se: gesticulou) que não ia sair, que ia jogar e ficar em campo até o final.


Alguns grandes pequenos teóricos afirmavam que isso era um ato que afrontava e desrespeitava a autoridade do técnico; que Ganso, apesar, de ter jogado um partida incrível, ter sido o melhor homem em campo, fundamental para a vitória, deveria ser punido, porque isso não se faz.

Pois é, trata-se realmente de um ato de afronta, mas afronta não é sinônimo de desrespeito. E que isso fique bem claro. A autoridade existe basicamente para ser obedecida e desafiada, só assim evoluímos. Várias vezes afrontamos quem respeitamos para que ambos acertem.

Os grandes pseudo-sábios dos programas esportivos só se esqueceram de discutir uma coisa essencial: o resultado da afronta.
Se ele tivesse sido expulso, feito alguma bobagem e seu time tivesse perdido o campeonato, ele teria que assumir as consequências do seu ato.
Agora, "a autoridade em pessoa", Dorival Junior, concordou com Ganso. Ele ficou em campo e sua permanência resultou no título para o Santos. Isso faz toda a diferença.

Alguns vão dizer: "mas ele deu um mau exemplo". Pelo contrário. Mau exemplo dá quem se omite na hora do aperto ou quem assume uma responsabilidade da qual não dá conta.
Em um mundo em que as pessoas têm cada vez mais medo de assumir responsabilidades, de serem politicamente incorretas, de se arriscarem em prol do coletivo, o moleque deu um exemplo de confiança em si mesmo e em seu time. Ave Ganso!

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